(...)
Radioso véu, mais leve que um perfume,
Cinge-a, deixando ver sua nudez morena,
Dos seus dedos flameja o precioso lume,
E em cada mão traz uma pálida açucena.
E a infanta avança então, ao som dos burcelins...
Como sonâmbula perdida
Em encantados, místicos jardins,
Dir-se-ia que dança adormecida...
Dir-se-ia que dança, desmaiando
Ao perfume das flores que estão em roda...
Dir-se-ia que dança e está sonhando...
Dir-se-ia que a estão beijando toda...
(...)
Eugénio de Castro
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