Alta e esguia, ela levantou-se com as mão na nuca.
Todas as vezes que me recordo da sua beleza,
turva-me a razão.
Ela dançou algumas danças da sua tribo:
a Dança do Sol, que era um bailado vertiginoso;
a Dança da Lua, que era uma dança harmónica, medida;
e a Dança da Morte, que
era parada e fria.
O Sol, com o seu cortejo de alegria e glórias,
a Lua, com as suas melancolias, e a
Morte com as suas dores e tristezas.
O Amor, porém, esperava que juncássemos de rosas o tapete da sua sacerdotisa.
Os seus olhos dançaram sob as asas dos cílios.
Ergueu as mãos e, no côncavo das palmas, a sua maravilhosa cabeça pesara como um mundo.
Um resplandecente arrombo iluminou-lhe a face. Ela executou três passos com as costas arqueadas e as mãos abertas num gesto de oferecimento apaixonado.
E de repente, endireitou-se,
dedicando-nos as suas mãos,
que tinham captado o perfume das rosas.
Autor desconhecido
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